quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Eleições 2010

Aproximam-se as eleições e venho me preocupando com um fato curioso. Leciono a disciplina Ciência Política. Resolvi fazer uma pesquisa com os alunos. Minha intenção era saber quais meios os mesmos utilizam para se informar acerca das propostas, histórico de vida e projeto político dos candidatos afim de fazer sua escolha. A maior parte das respostas tem se baseado apenas nas pesquisas que são divulgadas pela grande mídia. Fico preocupado, pois, para se se faça uma escolha mais acertada, isto é, mais afinada com os desejos do eleitor, é necessário lançar mão de outros meios além das pesquisas divulgadas na mídia. É muito importante que se ouça os especialistas, que têm uma visão mais técnica, que se acompanhe os debates e que se estude com seriedade as propostas e projetos políticos dos canditados. 

Acredito que o país só tem a ganhar com uma postura mais crítica dos eleitores.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Ano Novo

Janeiro, ano novo, tudo novo. Assim as pessoas referem-se a esse tempo. Do ponto de vista da passagem dos ciclos naturais tudo ocorre obecendo à uma ordem secular. Um dia não é diferente do outro e assim um ano não difere se seu subsequente.

Mas essa é uma maneira fria de observar as coisas. Porque a ideia de que estamos em um tempo novo faz algo acontecer. Parece haver uma mudança psicológica. Fora de nós os ciclos naturais continuam como sempre foram, porém, damos nomes e sentidos a estes ciclos. Fazendo assim, muda alguma coisa dentro da gente. A ideia de que é tudo novo nos permite "recomeçar", pelo menos internamente.

De qualquer forma, nossa disposição fica mudada, e assim, podemos, por meio da crença de que as coisas se renovam, fazer outras diferentes, buscar aprimoramento e novas realizações. Em outras palavras - para lembrar Heidegger - fazer novos projetos, Lançar o olhar no futuro, projetar e criar o trajeto que desejamos seguir até que o ano seja novo de novo, mesmo que aquilo que projetamos seja reprojetado ao longo do caminho.

Bem, o que importa é saber que recomeçamos, temos uma nova disposição psicológica e estamos abertos a elaboração de novos projetos e à vivencia da novas experiências. Que este ano se traduza em oportunidade de crescimento pessoal e coletivo, para que possamos, na aurora de 2010 celebrar mais uma vez o partir do "velho" ano.  

sábado, 19 de dezembro de 2009

Fim de ano

Fim de ano. Fim de muitas coisas.
Uma das muitas formas de marcar o tempo.
O tempo de objetivos traçados no início,
muitos concluídos, outros tantos que ficaram pelo caminho.

Um círculo que se fecha.
Agora as pessoas se encontram, festejam, esqueçem ...
A vida ganha novos contornos e está grávida de um novo tempo.
Ano novo. Novos planos, objetivos e caminhada que continua.

Muitos projetos sepultados retornarão do túmulo, outros serão traçados.
E a vida continua. Desenrola seu fino fio, que se enrosca com outros de outras vidas.
Assim o tempo vai sendo marcado, submerso na inconstância, na busca das ausências.

O coração continua batendo, alimentado pela memória de coisas e pessoas inesquecíveis.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Minha Tia-avó

Hoje recebi um telefonema de minha mãe. Como sempre, pedi sua benção e conversamos várias coisas. Já faz algum tempo que não vou em casa. Colocamos a conversa em dia. Soube dos amigos que perguntam quando vou em casa, de como meus sobrinhos estão crescendo e tornando-se pessoas de bem e também tive notícias das demais pessoas de minha família.

Minha avó, que também é minha madrinha, esteve visitando minha mãe, perguntou por mim, mandou um abraço e pediu pra me avisar que tenho de ir visitá-la, pois também já faz tempo que não a vejo.  Em meio as conversas minha mãe tinha também a tarefa de comunicar um fato triste, o falecimento de minha tia-avó. Ela morava em Governador Valadares, minha terra natal. Lá viveu sua vida com muita dificuldade, constituiu família e deu um belo exemplo de vida. Pois é, raramente tenho notícias de que alguém da família tenha falecido. Quando isso ocorre eu e minha mãe costumamos lembrar de como foi a vida dessa pessoa. Pode parecer estranho, mas, por outro lado, é interessante, pois cada história de vida contém elementos importantes para a gente definir como será a nossa. Serve para a gente decidir de que forma quer ser lembrado depois de partir e qual legado deixaremos para as pessoas que conhecemos nessa caminhada tão efêmera.

A história dela é muito interessante. Começou a trabalhar muito nova. A família não tinha muitas posses. Trabalhou como doméstica e babá. Minha tia-avó tinha o coração muito grande, cabia todo mundo dentro dele. Na última casa em que trabalhou  havia crianças muito pequenas. No seu ofício cuidava dessas crianças como se fossem seus filhos. Dispensava muita atenção e carinho a cada uma delas.

Em certa ocasião, na casa onde minha tia trabalhava, caiu um tristeza muito grande, a mãe dessas crianças faleceu deixando os filhos muito pequenos. Mediante o ocorrido a casa ficara somente com o pai e os filhos pequenos. O pai de minha tia tomou um decisão: não permitiria que ela continuasse a trabalhar em uma casa onde não houvesse uma mulher. Ele estava preocupado com a reputação dela. Imaginem, uma moça de família trabalhando em uma casa onde só havia o pai com seus filhos pequenos.

Minha tia, como tinha o coração enorme, tomou sua decisão: não deixaria que as crianças, que já sofriam com a perda da mãe, sofrerem também com sua saída da casa. Ela e o pai das crianças decidiram se casar, pois assim ela não precisaria deixar a crianças e também apaziguaria os ânimos de meu bisavô. Assim, ela o fez, viveu uma vida de muita luta, criou os filhos herdados com o casamento e teve outros também. No final das contas conseguiu vê-los tornarem-se adultos, trilhar seus caminhos e ocuparem seu lugar nesta vida.

Em seu velório, estavam todos lá, os filhos que ela adotou e os que teve. Irmanados colocaram uma coroa de flores belíssima onde constavam os seguintes dizeres: "Saudades eternas e profunda gratidão de seus dezoito filhos". Pois é, minha tia partiu dessa vida de deixou um belo exemplo de dedicação e amor ao próximo. Coisas que andam sumidas hoje em dia.

Convivi pouco com ela, mesmo assim, não deixo de admirá-la e agradeço a Deus o privilégio de contar, dentre aqueles que carregam meu sangue, com uma pessoa tão especial. Seu exemplo não será esquecido. Vai me inspirar nos momentos em que estiver prestes a sucumbir à tentação de pensar somente em mim mesmo e não estender a mão a quem precisar de minha ajuda.

Valeu Tia! Que Deus a acolha contente por seus méritos.  

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Três lugares vazios

Ontem todos chegaram à UNIPAC como normalmente fazem. Docentes e discentes dirigiram-se às salas de aula. Tudo corria como sempre, até que o céu de Itabira escureceu-se. As águas caíram torrencialmente, o vento cortava de forma violenta por todos os lados. Sem que ninguém esperasse houve uma queda de energia. Os estudates usavam celulares para iluminar a escuridão que pairou sobre a Faculdade. Passou o tempo e a luz não voltou. Os estudantes foram dispensados. Muitos se aglomeraram no pátio externo esperando que a chuva passasse. Outros resolveram se arriscar e foram embora. Dentre eles estavam três estudantes do segundo período do Curso de Educação Física que moravam em João Monlevade e faziam o percurso até Itabira todos os dias.

Ao sair despediram-se dos colegas de curso e seguiram seu caminho. O que ninguém esperava era que essa seria uma viagem trágica. Em João Monlevade a tempestade castigou a cidade de forma mais violenta, ruas toraram-se rios. Quando nossos estudantes chegavam à sua cidade de origem, o pior aconteceu. O carro em que estavam foi tragado pelas águas.

Hoje recebemos com enorme tristeza a notícia de que uma pessoas ocupantes do veículo havia sido encontrada morta e outros dois encontram-se desaparecidos. Foram submergidos no silêncio das águas.

Foi um duro golpe que nos deixou de luto. Três estudantes que com muito esforço e dedicação preparavam-se para ser profissionais da Educação Física. Em nossa memória fica a lembrança dos momentos bons que passamos juntos e a inconformidade com um acontecimento tão inesperado e violento.

Quando retornarmos às aulas encontraremos três lugares vazios que eram ocupados por pessoas com quem convivemos e amamos. Pessoas jovens que ainda tinham muito por fazer nesta existência. Neste momento nos solidarizamos com as famílias e todos aqueles que sofrem pelo apagar repentino de vidas tão iluminadas e choramos a ausência de Néia, Desirèe e Daniel.

domingo, 8 de novembro de 2009

Alunos do segundo período de Educação Física da Unipac Itabira

Caro amigo, neste tópico teremos comentários dos alunos que cursam o segundo período do Curso de Educação Física da UNIPAC- Unidade de Itabira. Esses alunos se basearão nas aulas de Filosofia da Educação, sobretudo nas discussões envolvendo a natureza da Filosofia, seu espírito questionador e a questão do conhecimento como elemento essencial do processo educativo. Para realizar os comentários, seguirão os seguintes critérios:

1- Tema: A relação entre Filosofia, conhecimento e educação no processo educativo e sua importância na formação do docente de Educação Física.

2- A turma se subdividirá em grupos de até cinco pessoas.

3 - As postagens devem conter no mínimo dez linhas e no máximo vinte.

4 - As postagens serão feitas até o dia 20 de novembro às 22 horas.

5 - As postagens feitas com o perfil anônimo conterão no corpo do texto os nomes dos respectivos alunos responsáveis.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Professor Mauríco Cruz na UNIPAC - Itabira

Nessa quinta, dia 05 de outubro, Maurício Cruz, filósofo, professor no Seminário Nossa Senhora do Rosário,em Caratinga e com ampla experiência no esnino superior, estve em Itabira e proferiu uma palestra para os alunos do segundo período do Curso de Educação Física.

Na oportunidade o docente explanou o que pensa a respeito do que seria uma filosofia da educaçao física. O fez baseado na ampla experiência de lecionar por vinte e um anos no Curso de Educação Física do Centro Universitário do Leste de Minas - UNILESTEMG. Filosofar sobre a Educação Física obedeceria ao esquema de pensar suas bases, dentre elas encontram-se o ser humano, dotado de um corpo que movimenta, entendido para além do plano biológico, isto é, dotado de um corpo cultural. há também a dimensão da ética, ressaltada pelo docente, sobretudo nas questões que se referem à conduta do profissional de Educação Física e o posicionamento em escolher não utilizar, ou mesmo incentivar, de expedientes ilícitos como uso de substâncias proibidas para obtenção de resultados em curto espaço de tempo. Outro ponto abordado pelo docente diz respeito à questão dos valores, dentre eles encontra-se o valor à vida, muitas vezes deixado de lado em nome de um suposto espírito olímpico ou esportivo.

Ao final de sua explanação, o professor Maurício relatou aos alunos presentes um pouco de sua experiência com a extensão universtária acontecida no Vale do Aço. Segundo ele, durante a execução de um projeto de iniciação científica, cujo princìpal objetivo era o de fazer um levantamento das atividades esportivas praticadas por crianças e adolescentes de bairros periféricos de Ipatinga. Mediante os resultados apresetados, esse projeto desdobrou-se em várias outras atividades nas quais alunos e professores de Educação Física se envolveram por meio de extensão universitária.

A presença do professor Maurício foi de grande valia e pode proporcionar aos alunos da UNIPAC um importante momento de reflexão e aprofundamento de conhecimentos referentes à Educação Física a partir da abordagem filosófica.

Caro amigo,

Seja bem-vindo! Este é um espaço destinado à reflexões diversas, de maneira especial de humanidades